Aeroporto Regional e Essencial é debatido durante a quinta edição do AIE

Durante a Airport Infra Expo (AIE 2015), promovido pela Sator, em Brasília entre os dias 24 e 25 de março, a questão da infraestrutura aeroportuária foi amplamente debatida. Dentre eles um tema se destacou, Aeroporto Regional e Essencial, um debate que teve a participação de Guilherme Mora Ramalho, secretário executivo da SAC (Secretaria da Aviação Civil), Luis Fernando Vivente, diretor da Embraer, Mauro Ponte, vice-presidente da Sita, com moderação do professor Jorge Leal, da Universidade de São Paulo.

O secretário executivo da SAC apresentou o plano do governo que é ter, em médio prazo, 270 aeroportos funcionando no país. Isso, segundo ele, é a meta da presidenta que quer ligar o país de ponta a ponta. “Estamos trabalhando muito para viabilizar este projeto, embora saibamos que 270 é uma meta e, talvez, alguns lugares não suportem um aeroporto, eles funcionando seria de grande valia para o país”. Já para o diretor da Embraer, as empresas aéreas precisam se planejar e, ao contrário do que muitos dizem, elas precisam ajudar a criar demandas. “A gente só escuta que para a empresa aérea voar para determinado lugar, tem que ter demanda. Vimos, com o exemplo da Azul, que a demanda também se cria e isso ajuda muito. Hoje a Azul voa para vários lugares que ninguém voava. As concorrentes tentam correr atrás do prejuízo, mas a Azul já está estabelecida.”

Na parte reservada para perguntas da plateia, Ricardo Miguel, presidente da ABESATA (Associação Brasileira das Empresas de Serviços do Transporte Aéreo), apimentou a discussão que estava em torno de viabilizar novos voos, novos destinos. Miguel lembrou do caso dos Estados Unidos, que têm vários aviões de pequeno porte (19 lugares), voando entre cidades, fazendo rotas não muito interessantes para a aviação comercial. “Porque não usar aviões como este para alavancar a aviação regional aqui no Brasil? Se podemos pegar mais um exemplo bom dos Estados Unidos, esse é um deles”. Ramalho, da SAC, disse que seria “uma excelente alternativa e não vê problema algum para isso. Que inclusive existem ótimas linhas de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para compras de aeronaves. Seria muito bom para o país”.

Durante o evento, mais de 30 palestrantes ligados ao setor discutiram e traçaram planos para a gestão aeroportuária brasileira a curto, médio e longo prazo para os aeroportos regionais, essenciais, domésticos, de conexão e internacionais. O próximo evento da Sator sobre o setor será em São Paulo, em junho, e o tema será Luggage, Handling e Catering. O anfitrião será a ABESATA, que dará todo suporte para o sucesso do evento.

Leia também

© 2025 All Rights Reserved.