PARIS – A Air France anunciou, nesta quinta-feira, que planeja criar uma versão própria de uma companhia aérea de baixo custo. O objetivo com a medida é melhorar sua capacidade de concorrer com as empresas do Oriente Médio e rivais de baixo custo.
A futura empresa ainda não tem nome nem destinos claros para os quais voará. Mas o plano é um sinal de que o novo diretor executivo da Air France, Jean-Marc Janaillac, está determinado a recuperar fatia de mercado após anos de duras perdas de empregos e reestruturação.
A controladora Air France-KLM disse, em comunicado nesta quinta-feira que a nova companhia aérea ficaria focada em rotas de longa distância que são vistas como estrategicamente importantes — mas nas quais a Air France hoje está penando contra as concorrentes com ofertas mais baratas.
De acordo com o documento, seriam oferecidas viagens com classes econômica e executiva, com as primeiras decolagens a partir do fim de 2017, a partir do hub da Air France em Paris, o aeroporto Charles de Gaulle.
TEMOR POR DIREITOS TRABALHISTAS
A equipe da nova empresa será formada por pilotos da Air France que se voluntariarem para trabalhar sob as novas regras “adaptadas para sua posição competitiva”, enquanto a tripulação seria recrutada em um novo sistema “permitindo a esta companhia operar no nível de custos do mercado”, explicou o comunicado da Air France-KLM. A companhia vai economizar com pessoal em solo apostando cada vez mais em digitalização.
Empregadores franceses enfrenta um dos maiores custos trabalhistas do mundo, e funcionários da Air France já fizeram repetidas greves para protestar contra demissões e outras medidas de cortes de gastos nos últimos anos.
Christophe Pillet, do sindicato de tripulação SNPNC, se mostrou preocupado com a possibilidade de que os funcionários da nova companhia aérea não tenham os mesmo benefícios trabalhistas e também com a chance de a nova companhia eventualmente “suplantar” a Air France.
Fonte: GLOBO
