Associação das empresas de ground handling se posiciona pelo veto presidencial ao retorno da bagagem gratuita nos voos

Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares do Transporte Aéreo) declarou, no fim da semana passada, o posicionamento favorável ao veto presidencial ao destaque, aprovado na Câmara dos Deputados, que prevê o retorno da franquia mínima de bagagem no transporte aéreo doméstico e internacional. O destaque foi incluído no texto original da Medida Provisória n.o 863/2018, no artigo 2.o e já provocou reações negativas do mercado.

 
 

“O retorno do despacho gratuito de bagagem, independentemente do tamanho do impacto no custo final da passagem aérea, tem como simbolismo a interferência do Governo Federal no mercado, trazendo insegurança aos investidores”, disse Ricardo Aparecido Miguel, presidente da Abesata, que esteve presente em Congresso de aviação em Madrid nos dias 28 e 29 de maio e foi procurado por representante do grupo espanhol Globalia, que recentemente anunciou a intenção de operar uma companhia aérea no Brasil. 

Em ofício enviado à Casa Civil, a Associação explicou que o segmento de serviços auxiliares é parte da cadeia produtiva da indústria do transporte aéreo e se caracteriza como um setor genuinamente intensivo de mão de obra. Atualmente são 42 mil empregos diretos. E a abertura de capital vai trazer concorrência e crescimento na demanda e, com certeza, aumento de postos de trabalho.

“Precisamos incentivar o crescimento da aviação brasileira e as empresas estrangeiras estão de olho no nosso mercado. A livre concorrência vai ampliar a oferta e melhorar a qualidade dos serviços aos passageiros, movimentando o mercado e gerando empregos”, disse Miguel. O retorno da bagagem gratuita afetaria negativamente a imagem do mercado brasileiro, afugentando em especial as companhias aéreas low-cost que não oferecem, por conceito, o transporte gratuito de malas.

Fonte: Terra

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