Coordenador da Sala Master faz balanço positivo das operações durante a Rio 2016 (entrevista)

Brigadeiro do Ar Luiz Ricardo Souza Nascimento, coordenador da Sala Master, falou com exclusividade para a Abesata sobre o período dos Jogos Olímpicos para a comunidade aeronáutica. Ele esteve à frente do centro de controle das operações, no CGNA (Controle do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea), no Rio de Janeiro, ao longo de dois meses, comandando 90 pessoas, divididas em duas salas com 38 posições de atendimento. Lá estavam companhias aéreas, Polícia Federal, Receita Federal, ground handling, concessionárias aeroportuárias, organização dos Jogos Olímpicos e vários outros. Todos a postos para garantir a máxima eficiência nas operações aéreas. E funcionou.

Abesata – Pelo que podemos ver tudo transcorreu bem na Rio 2016, a que atribui o sucesso das operações aeroportuárias?

Brig Luiz Ricardo – Primeiramente à integração. Foi a concretização de um planejamento conjunto bem feito. A parceria entre os vários envolvidos foi muito salutar e proveitosa, por isso os créditos precisam ser dados para este planejamento feito a 30 ou mais mãos.

Abesata – E qual é a sensação que fica?

Brig Luiz Ricardo – No dia seguinte ao término das Paralimpíadas fechamos um ciclo de grandes eventos, com confiança e uma nova imagem do setor aéreo. Só para dar uma ideia dos desafios e dos avanços, embarcamos naquele dia 58 cadeirantes em 58 minutos. Foram 850 ao longo do dia. Foi a quinta ativação da Sala Master feita por nós.

Abesata – E qual foi a principal diferença em relação à Copa de 2014?

Brig Luiz Ricardo – Na Copa a gente tinha as revoadas, todos seguiam para um determinado jogo em uma cidade, depois partiam de novo. Na Rio 2016, a diferença foi a concentração. Tudo em uma única cidade. Mas pudemos aproveitar muito bem o planejamento e a experiência adquirida. Por ser no mesmo local, investimos em treinamento e todo mundo se dimensionou para atender a demanda.

Abesata – Pelo retorno que tivemos do pessoal da Abesata, apesar de intensos, os dias transcorreram dentro da normalidade. Foi essa a percepção na Sala Master?

Brig Luiz Ricardo – A aparência foi de tranquilidade por causa do treinamento feito previamente. Contamos também com um sistema de controle de

operações, desenvolvido depois da Copa do Mundo, e que ajudou muito. Fora isso aprimoramos outros detalhes do funcionamento da Sala Master com base no que vimos nos eventos anteriores e tudo ajudou a dar mais tranquilidade ao longo dos Jogos.

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