EMPRESAS DE GROUND HANDLING QUEREM EXPANDIR NA AVIAÇÃO EXECUTIVA – MERCADO MANTÉM CRESCIMENTO MÉDIO DE 6% AO ANO

ground_handlingDe olho no crescimento da aviação executiva no Brasil, as Esatas, empresas auxiliares do transporte aéreo, querem expandir a atuação neste nicho. O país possui a segunda maior frota de aeronaves executivas do mundo e mesmo diante das incertezas econômicas não para de crescer.

De maneira geral, mesmo em um ano com expectativas de crescimento econômico tão baixas, o segmento de ground handling projeta uma expansão de 3,4% nos negócios em 2015. Em termos de geração de emprego, devem ser criados 1.400 novos postos de trabalho e um aumento de 4,6% nos empregos diretos. No fim do ano passado, o setor contava com pouco mais de 30 mil trabalhadores diretos.

“O segmento é muito importante para a nossa indústria porque precisa não apenas do atendimento na pista, mas requer catering, atendimento nas lounges e outros serviços como suporte em terra para as aeronaves e passageiros em trânsito”, diz Ricardo Aparecido Miguel, presidente da ABESATA (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo). Ele lembra que um executivo que vem do exterior em seu próprio avião, por exemplo, por regulamento, precisa já ter contratado uma Esata para poder pousar aqui no Brasil. É esta mesma empresa que se encarregará de todo suporte de imigração, transporte terrestre e toda segurança e preparação da aeronave para decolar novamente para o país de origem.

Miguel chama a atenção para o crescimento dos investimentos da iniciativa privada em aeroportos voltados para aviação geral e da proposta de transformar alguns aeroportos em exclusivos, como o de Sorocaba, no interior de São Paulo. “A aviação executiva é hoje claramente um vetor de desenvolvimento de um país continental como o nosso e o segmento de ground handling está aqui pronto para suportar este crescimento acelerado”, ressaltou.

Fonte: Aero Magazine

Comentário de Jorge Eduardo Leal Medeiros

O mercado de aviação executiva no Brasil é importante por permitir uma grande capilaridade no transporte aéreo, servindo a grande maioria dos mais de seus 3.500 aeroportos e aeródromos. Isto exige que esta aviação possa ser atendida em uma grande quantidade de aeroportos, muito maior do que os cerca de 125 aeroportos com serviços regulares. Desta forma, assim como há oportunidades para empresas regionais, que é um dos objetivos do governo com o programa PIL – Aeroportos, também a aviação executiva oferece oportunidades para serviços de atendimento de solo por ESATA´s, como apontado pelo presidente da ABESATA. Também há muitas oportunidades não só em eventos esportivos como a copa do mundo de 2014, as olimpíadas de 2016 e corridas de F1, mas também em eventos como feiras e rodeios. Notar que há, no Brasil, cerca de 212 empresas de serviços auxiliares de transporte aéreo (ESATA´s), mas as oito associadas da ABESATA concentram a maioria dos negócios.

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