Leilão de aeroportos já atrai grupos estrangeiros

 

Pelo menos sete grupos nacionais e estrangeiros manifestaram interesse firme em disputar a
concessão de quatro aeroportos – Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis – que o
governo pretende oferecer à iniciativa privada em dezembro. A lista inclui grandes empresas do
setor que ainda não haviam entrado nas licitações brasileiras, como a francesa Vinci e a alemã
Avialliance (ex-Hochtief).

O arranjo dos consórcios, porém, deverá ser bastante diferente do verificado nos últimos leilões,
em que grandes empreiteiras locais lideraram os grupos em parceria com operadoras
internacionais de aeroportos. Desta vez, segundo o Valor apurou, de- ve haver mais participações
isoladas.

A Vinci já comunicou a auxiliares do presidente interino, Michel Temer, sua intenção de participar
agressivamente da disputa. Além de administrar terminais de médio porte no interior da França,
ela foi vitoriosa recentemente nos processos de privatização dos aeroportos de Lisboa e Santiago,
no Chile. Segundo fontes do mercado, a Vinci entraria sozinha nos certames, cujos editais devem
ser lançados em setembro.

A brasileira CCR, que já tem experiência internacional na operação dos terminais de Quito
(Equador) e Juan Santamaría (Costa Rica), se prepara para apresentar lances pelos dois ativos na
Região Nordeste. A empresa está interessada principalmente em Salvador, que tem sinergia com
sua outra concessão, o Metrô Bahia. Mas acredita que Fortaleza também tem boas perspectivas
de crescimento e pode ser tornar um “hub”, pela proximidade com Estados Unidos e Europa.
Aliada à Flughafen Zurich, a CCR já administra o aeroporto de Confins, na Grande Belo Horizonte.

Dono dos aeroportos de Atenas e Budapeste, o grupo alemão Avialliance tem uma parceria no
Brasil com o fundo Pátria Investimentos, que contratou Alysson Paolinelli, ex-presidente da
Inframérica, concessionária de Brasília e de Natal, para estudar sua participação no leilão.

Outros grupos aeroportuários in- teressados são o alemão Fraport, que administra o aeroporto de
Frankfurt; o argentino Corporación América; e o espanhol Ferrovial, que controla Heathrow,
em Londres.

VALOR

Por Daniel Rittner e Fernanda Pires | De Brasília e São Paulo

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