Em evento da IATA para apresentar o programa, Abesata ressalva a importância de levar em conta os custos e pede mais valorização por parte das companhias aéreas
Durante o workshop da IATA (International Air Transport Association), sobre a certificação ISAGO (IATA Safety Audit for Ground Operations), que aconteceu no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na última quarta-feira, dia 17 maio, Ricardo Miguel, presidente da Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviço Auxiliares do Transporte Aéreo), pontuou sobre os custos para aderir à auditoria em território brasileiro. “O sucesso da adesão ao ISAGO se dará também pelo seu custo. Não se pode custar os mesmos 100 mil dólares para nós e para a Europa, por exemplo. Esse sistema de dolarização precisa ser avaliado e não só aqui no Brasil, mas em toda a América Latina. A ONU já atua assim e tem obtido sucesso”.
Outro ponto importante ressaltado pelo presidente é sobre o trabalho da IATA no que se refere a valorizar o próprio programa. Segundo Miguel, as empresas aéreas, aquelas que contratam os serviços das Esatas (empresas de ground handling), precisam ver mais valor e dar prioridade para quem tem a certificação.
“Apesar da Abesata ser um incentivador do programa ISAGO, por enquanto, aqui no Brasil, não vemos nenhuma diferença na concorrência para quem tem e para quem não tem a certificação. Creio que este trabalho de conscientização deva ser feito pela IATA, que é a detentora do programa e é a associação das cias aéreas. Se não houver uma contrapartida, não serão notados os benefícios de investir na certificação”. Atualmente, apenas duas Esatas no Brasil têm Isago, Proair e Swissport. Até o fim do ano esse número dobra.
Para quem não sabe, a Isago é a certificação reconhecida como elevado padrão de qualidade em todo o mundo. É concedida pela IATA a empresas de ground handling, após um processo de auditoria bastante criterioso. O objetivo da certificação é tornar a operação em solo cada vez mais segura.
Em todo Brasil, existem hoje 122 Esatas (empresas auxiliares do transporte aéreo) e juntas empregam 31.800 pessoas. Em todo mundo, os serviços auxiliares do transporte aéreo são realizados por empresas especializadas. A média global é de 70% dos serviços auxiliares serem realizados por Ground Handlers, enquanto no Brasil ainda estamos em 30%. Mais informações em www.abesata.org
Fonte: Comunicação Social da Abesata