Workshop discute equipamentos de suporte à aviação

O workshop sobre Gestão de Frota GSE (Ground Support Equipment), realizado ontem, (16/04) em São Paulo, contou com a participação de cerca de 30 pessoas, entre representantes das companhias aéreas, prestadores de serviço e fabricantes de equipamentos. A ideia de reunir as pessoas para falar de manutenção para equipamentos de ground handling surgiu há alguns meses, em um bate-papo entre Rodrigo Simões, gerente nacional de frota de GSE na TAM, e o presidente da Abesata.

Rodrigo Simões, gerente nacional de frota de GSE na TAM, tem 17 anos de experiência em manutenção aeronáutica e há 3 anos e meio foi chamado a levar o conceito da manutenção aeronáutica para a manutenção de equipamentos de solo. Na palestra, durante o workshop sobre Gestão de Frota GSE (Ground Support Equipment), Simões mostrou como funciona o GSE na TAM e como é feita a formalização dos processos. E mais, falou de como a TAM desenvolve projetos técnicos de melhoria dos equipamentos, em parceria com os fornecedores, e ainda a respeito dos boletins técnicos, como forma de controle de eventuais modificações nos equipamentos. Simões apresentou ainda o sistema de gestão de frota, com todos os registros de manutenção de cada equipamento. Tudo isso, segundo o executivo, aumentou a disponibilidade dos equipamentos e reduziu o custo de manutenção.

Uma das preocupações do setor é justamente a falta de padronização das exigências em relação à manutenção dos equipamentos. Hoje já existem regras adotadas por um determinado aeroporto e em um outro não. Com a chegada das novas concessionárias, aumenta a possibilidade deste tipo de problema, caso não haja padronização para a gestão de frota de GSE. “O momento é esse, o governo está nos dando esta chance através da Secretaria de Aviação Civil”, lembrou Miguel, se referindo à premiação dos aeroportos na semana passada e ao reconhecimento da entidade como importante player do setor.

Na segunda palestra do workshop sobre Gestão de Frota GSE (Ground Support Equipment), o professor Jorge Leal, presidente da Abraset (Associação Brasileira de Fornecedores de Serviços, Equipamentos e Tecnologia para Aeroportos), começou falando do que motivou o surgimento de uma entidade como a Abraset: a demanda triplicada da aviação civil de 2003 a 2012. Associada ao pouco investimento, se comparado com a demanda, e a saturação dos aeroportos. “O desvio era grande entre o aumento de tráfego e a restrição de investimentos que levou ao cenário atual”, disse Leal.

Um dos temas do workshop sobre Gestão de Frota GSE (Ground Support Equipment) foi a questão da simulação. Thiago Britto, da Genoa Decision Science, apresentou as vantagens da simulação em comparação com os sistemas de avaliação por média. No ambiente virtual, criado com os parâmetros fornecidos pelo cliente, é possivel avaliar as demandas, necessidades e experimentar soluções. Segundo Britto, o recurso da simulação, já disponível há mais de uma década, ainda é pouco usado no universo da aviação civil e, claro, do GSE. O modelo poderia ser usado para ver custo e nível de serviço em cada cenário, por exemplo. Ou ainda um teste de compartilhamento de equipamentos.

Durante o workshop sobre Gestão de Frota GSE (Ground Support Equipment), três dos principais fabricantes do mundo tiveram a oportunidade de falar de manutenção, o que é e como o conceito evoluiu ao longo dos anos. Para Jéssica Simões, da TLD, já está claro que a empresa que faz manutenção preventiva com reposição de peças originais garante maior vida útil do equipamento. Para Dennis Misrahi, da Rucker, o conceito de manutenção evoluiu ao longo das últimas décadas, mas ainda existem empresas com a visão antiga. A JBT trouxe um case de manutenção para mostrar como é feito o gerenciamento de manutenção de qualquer equipamento por eles fabricado, com software exclusivo e indicadores de desempenho. A apresentação ficou à cargo de Silvio Bergamaschi, gerente de qualidade e lean enterprise.

Leia também

© 2025 All Rights Reserved.

plugins premium WordPress