Malaysia Airlines envia cartas de despedimento a 20 mil funcionários

Cerca de 20.000 funcionários da companhia aérea Malaysia Airlines receberam cartas de despedimento no âmbito dos planos de reestruturação traçados para criar uma transportadora rentável.

A reestruturação surge um ano depois dos dois acidentes aéreos que agravaram a situação financeira da companhia: o desaparecimento de um avião, com 239 passageiros a bordo, e a queda de outro, atingido por um míssil, de que resultou a morte de 298 pessoas.

O plano de reestruturação noticiado esta segunda-feira pela imprensa do país refere que dois terços dos trabalhadores – aproximadamente 14.000 – devem receber, nos próximos dias, uma nova oferta de emprego da transportadora que irá substituir a companhia aérea de bandeira malaia.

Entre os restantes 6000 – um terço do total – aqueles que estão há menos de dez anos na empresa vão ser compensados com um mês de salário por cada ano de serviço, enquanto aos que se encontravam em funções há mais de uma década vai ser oferecida uma indemnização de mês e meio por ano.

Todos os colaboradores da companhia têm até ao próximo dia 12 de Junho para decidirem se aceitam ou recusam a oferta por parte da Malaysia Airlines.

Mohammad Faiz Azmi, ex-director-executivo da PricewaterhouseCoopers (PwC), foi o responsável pela assinatura dos despedimentos após ter sido nomeado, há uma semana, administrador da Malaysia Airlines.

O novo administrador vai dirigir o processo de dissolução da Malasysia Airlines e constituição da nova companhia, com data prevista para 1 de Setembro.

A nova empresa – em que vão trabalhar dois terços dos funcionários da anterior – terá uma dimensão mais flexível e as suas operações centrar-se-ão fundamentalmente na Malásia.

O director executivo da Malaysia Airlines, o alemão Christoph Mueller, disse em comunicado que as operações vão continuar com normalidade, sem que a transição afecte os voos previstos e reservas efectuadas.

A Malaysia Airlines já acumulava prejuízos há vários exercícios, mas a sua situação financeira foi agravada por dois acidentes aéreos, ocorridos no ano passado.

O primeiro ocorreu a 8 de Março, envolvendo um avião com o código de voo MH370, com 239 pessoas a bordo, que desapareceu quando realizava a rota Kuala Lumpur-Pequim, continuando a não existir qualquer informação que permita perceber o que aconteceu.

O segundo ocorreu quatro meses depois, quando uma aeronave  (voo MH17), com 298 pessoas a bordo, foi abatida por um míssil no Leste da Ucrânia

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