Segmento de aviação comemora aprovação de projeto de terceirização na Câmara dos Deputados

A incerteza jurídica ao terceirizar serviços especializados em solo, principalmente, vinha afastando as companhias aéreas internacionais interessadas em operar no país

A notícia da aprovação na Câmara dos Deputados do projeto de terceirização irrestrita, incluindo as chamadas atividade-fim, foi comemorada pelo segmento de aviação. Empresas aéreas internacionais e prestadores de serviços auxiliares do transporte aérea, o ground handling, avaliam que a medida, se sancionada pelo Presidente da República, vai atrair mais investimentos para o país.

“Muitas companhias aéreas estrangeiras já haviam desistido de operar voos para o país diante da possibilidade de ter  de contar com pessoal contratado para a realização de serviços em terra”, disse Ricardo Miguel, presidente da Abesata (Associação Brasileira das Empresas Auxiliares do Transporte Aéreo).

Segundo ele, nos últimos tempos havia um grande temor por conta das fiscalizações do Ministério do Trabalho e da confusão em torno do que seria atividade-fim  de uma companhia aérea. A incerteza fez várias empresas estrangeiras desistirem de voar para o país, pois não se justificaria contratar funcionários em regime integral para atender, muitas vezes, três voos por semana.

O atendimento feito em atividades como check-in, despacho de bagagem, transporte de passageiros do portão de embarque até a aeronave em posição remota, limpeza de aeronave, segurança e outros.

Aviação executiva

O mesmo se aplica a aviação executiva e as companhias aéreas domésticas com voos para destinos mais remotos, longe da base. “Uma companhia aérea que tenha dois voos por semana para Manaus não vai viabilizar o custo de manter um time de colaboradores lá, todos os dias, com custo elevadíssimo, para trabalhar apenas em duas ocasiões por semana. Prefere, claro, terceirizar os serviços em solo”, explica Miguel.

Em todo mundo, os serviços auxiliares do transporte aéreo são terceirizados. A média global é de 70% terceirizado, enquanto no Brasil ainda estamos em 30%. “Com a sanção do Presidente da República ao projeto aprovado, esperamos que este percentual também cresça no Brasil e cheguemos à média mundial, muito mais saudável para a indústria e capaz de criar empregos de maneira sustentável nas empresas auxiliares”, conclui Miguel.

Em todo Brasil, existem hoje 122 esatas (empresas auxiliares do transporte aéreo) e juntas empregam 31.800 pessoas.

Fonte: Cargo News

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