TAM Aviação Executiva vê reação inicial da demanda

A TAM Aviação Executiva, uma das três maiores empresas de aviação executiva do país e controlada pela família Amaro – também acionista da Latam -, projeta um início de reação da demanda no setor neste segundo semestre. Mas a companhia ressalva que os resultados de vendas na Labace – a feira anual da aviação geral que acontece entre 30 de agosto e 1º de setembro – serão determinantes para que esse cenário se confirme.

O presidente da empresa, Leonardo Fiuza, disse acreditar que pode fechar 2016 com vendas de 30 aeronaves, cinco a mais que em 2015. Mas também precisa melhorar outros itens da receita. O ano passado foi o pior momento para o segmento, pois ficou muito abaixo da média de vendas entre 2012 e 2014, de 60 unidades, entre jatos, aviões turboélices e helicópteros, novos e usados.

“Estamos trabalhando para repetir o resultado de receitas do ano passado, mas está difícil. Já estávamos conservadores no fim do ano passado, mas o começo [de 2016] foi ainda pior”, afirmou Fiuza. A TAM AE faturou R$ 170 milhões em 2015 e espera repetir esse resultado em 2016.

A meta da empresa é atingir uma receita anual de R$ 250 milhões em 2019. Um objetivo que depende da retomada da economia brasileira já a partir de 2017.  Segundo o executivo, os Jogos Olímpicos do Rio ajudaram a aumentar as receitas no segmento de serviços aeroportuários (estrutura em solo para atender aeronaves em abastecimento, plano

de voo, estacionamento de aeronaves, limpeza), mas o resultado ficou abaixo do esperado. Fiuza disse que enquanto na Copa 2014 o mês de julho correspondeu a seis meses de faturamento naquele ano para a empresa, em agosto, com a Rio 2016, o crescimento foi equivalente a apenas um mês a mais.

Em 2015, a intermediação nas vendas de aviões executivos representou 25% do faturamento da TAM AE; a manutenção de aeronaves de terceiros teve fatia de 40%; e os 35% restantes vieram de outros negócios – serviços aeroportuários, fretamento e gerenciamento de aviões de terceiros.

Com o incremento da receita oriunda da intermediação de vendas neste ano, Fiuza projeta ter com esse segmento uma maior participação no resultado da TAM AE, de até 35%, para compensar a menor demanda nos serviços aeroportuários.

Em fevereiro, a TAM AE assinou nova representação para vendas, com a americana Beechcraft. O acordo dá à empresa dos Amaro a exclusividade na comercialização no Brasil de modelos como os aviões King Air, Baron e Bonanza, do grupo Textron, maior fabricante de aeronaves para aviação geral do mundo.

“Nossa meta é que a Beechcraft passe a representar 25% de nossas vendas. Hoje, representa pouco mais de 23%”, disse Fiuza. Ele destaca que o novo helicóptero Bell da empresa será uma das apostas da TAM AE na Labace, evento em São Paulo onde a empresa vai expor 11 aeronaves. O executivo se mostra confiante na demanda por novos modelos, como o avião Latitude, último lançamento da Cessna, e o King Air.

Fonte: Valor

Por João José Oliveira | De São Paulo

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